quinta-feira, 26 de abril de 2012

POSTALIS terá de devolver valores a funcionários dos Correios.


Previdência privada terá de devolver valores a funcionários dos Correios.


O Instituto de Seguridade Social dos Correios (Postalis) terá de restituir o que pagaram funcionários da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos para a previdência suplementar, mas que não preencheram um dos requisitos para aposentadoria: desvincular-se da empresa. O juiz Robson Barbosa de Azevedo, da 4ª Vara Cível de Brasília, determinou que a Postalis devolva as contribuições cobradas após a data em que o funcionário passaria a ter direito ao benefício. Cabe recurso.
"Os substituídos preencheram os requisitos normativos, para aposentadoria, quais sejam, a idade de 58 anos, dez anos de vínculo com a ECT e cinco anos de vínculo com a Postalis, bem como aposentadoria por tempo de serviço junto ao INSS. Entretanto, deixam de preencher o requisito de rescisão do vínculo empregatício com a entidade patrocinadora, mantendo-se ativos e contribuintes, apesar de não haver previsão de aumento dos benefícios a receber, em função da continuidade de contribuições", disse o juiz na sentença.

Carteiros dos Correios de Portugal podem desaparecer em 2020

Carteiros dos Correios de Portugal podem desaparecer em 2020

por Frederico Pinheiro

Os carteiros dos CTT podem desaparecer quase na sua totalidade a partir de 2020. O correio que chega a casa dos portugueses poderá começar a ser entregue por outra empresa de qualquer país do Mundo.

Fonte oficial do Ministério da Economia, que tutela as Comunicações, disse ao SOL que o contrato de concessão do serviço universal aos CTT será reduzido de 2030 para 2020. É este contrato que obriga a empresa a levar o serviço público a todos os ‘cantos’ do país, «aos lugares mais recônditos, sem excepções e ao mesmo preço», lê-se no relatório e contas de 2010.

Na terceira revisão do programa de resgate da troika (Fundo Monetário Internacional, Banco Central Europeu e Comissão Europeia), publicada este mês, além da redução do prazo da concessão para 2020, é exigida a transposição da terceira directiva postal para a lei portuguesa. Quando tal for cumprido, entrará em vigor a redução da concessão do serviço universal para 2020. Para a entrada em vigor do diploma falta apenas a assinatura doPresidente da República (PR), CavacoSilva.
Tal directiva – que irá abrir aos privados o serviço postal até 50 gramas, o último monopólio dos CTT, que serão privatizados em 2013 – devia ter entrado em vigor em Janeiro de 2011.

«Essa resolução já foi aprovada em Conselho de Ministros e no Parlamento, em Março», diz fonte governamental. «Aguardamos só a promulgação do PR».

Há interessados?
Antes de 2020 «o Governo vai lançar um concurso» para seleccionar o futuro prestador do serviço universal. Apesar da nova possibilidade, dificilmente um novo operador terá interesse em concorrer. Este é um serviço «deficitário, que os CTT apenas têm interesse de prestar por serem o operador histórico», diz aoSOL fonte oficial da empresa. A estrutura capilar dispersa pelo país muito dificilmente poderá ser replicada por outra empresa.

Tudo depende das condições oferecidas peloGoverno. O serviço universal é considerado um regime de exclusividade. Por ser este o conceito pelo qual está abrangido o negócio e não por ser uma actividade lucrativa, os CTT são obrigados a entregar 1% das receitas brutas provenientes do serviço universal aoEstado. Os preços e a qualidade do serviço também são impostos pelo regulador.

Mas as condições podem vir a ser diferentes. Para atrair mais interessados, o Governo pode liberalizar os preços e garantir um pagamento ao operador do serviço universal, a partir de 2020. E o conceito é alterado: será a prestação de um serviço público deficitário e não o usufruto de um sector protegido.

Correios de Portugal estão liberalizados

Correios de Portugal estão liberalizados

Os serviços postais estão a partir de amanhã liberalizados, o que significa que qualquer operador pode começar a distribuir cartas. Mas não é uma possibilidade imediata. E os CTT vão ter o contrato de concessão até 2020.
A partir de amanhã, os serviços postais estão totalmente liberalizados. Quase um ano e quatro meses depois face à data comprometida com a Comissão Europeia. A liberalização total deveria ter acontecido a 1 de Janeiro de 2011. Acontece agora a 27 de Abril de 2012.

A publicação da Lei 17/2012, hoje em Diário da República, dá o arranque nessa liberalização total. A lei entra em vigor no dia seguinte ao da publicação, ou seja, amanhã.

No entanto, é preciso mais do que a Lei para que os CTT possam ter concorrência nos serviços que até agora lhes estavam reservados, como as cartas. "Nos termos da presente lei é garantida a liberdade de prestação de serviços postais". É com esta frase que se assinala a liberalização total.

Fica salvaguardada a existência de serviços obrigatórios, que terão de ser prestados por um ou mais operadores a escolher no mercado. Mas só depois de 2020, já que até essa data vigora o contrato de concessão dos CTT que os obriga a prestarem o serviço universal. Os CTT queriam que esse contrato vigorasse até 2030, que é aliás a data que está actualmente prevista na concessão. O Governo, no entanto, determina que esse contrato cesse 10 anos antes. O que significa que tem de haver, também neste sector, uma renegociação do contrato de concessão. Também nas telecomunicações o Governo tem de negociar com a PT a alteração da concessão.

Nos correios, os serviços obrigatórios (designado de serviço universal) são os envios de correspondência nacional e internacional até dois quilos de peso e encomendas até 10 quilos, assim como os envios registados e um serviço de envios com valor declarado. Não estão abrangidos no serviço universal, os envios de correio expresso.

As encomendas até 20 quilos que venham da União Europeia são também de entrega obrigatória por parte do prestador de serviço universal. Os operadores que ficarem com este serviço têm de recolher e distribuir os envios postais pelo menos uma vez por dia nos dias úteis. "A distribuição a que se refere no número anterior é feita no domicílio do destinatário ou, nos casos e condições previamente definidas pelo ICP-Anacom, em instalações apropriadas".

Os preços destes serviços obrigatórios são regulados pela Anacom, aliás como já acontece.

E como está também previsto nas telecomunicações, o serviço universal sempre que dê prejuízo ao operador que o fornece deve ser pago pelo sector, através de um fundo de compensação. Este para estar operacional ainda tem de passar pela definição do custo líquido e a sua regulamentação.

O prestador do serviço universal, que actualmente é os CTT, tem de assegurar o acesso às suas redes a outros operadores. Prioritariamente, esse acesso faz-se mediante acordo entre as partes. Em caso de litígio, será a Anacom a determinar os termos e condições de acesso.

Ainda que se liberalize por esta lei os serviços postais, há determinadas prestações que ficam exclusivamente nos CTT até que o contrato de concessão cesse. É o caso da colocação de marcos e caixas de correio na via pública, a emissão e venda de selos com a menção Portugal e o correio registado utilizado em procedimentos judiciais ou administrativos.

Apesar desta abertura do mercado, poucos operadores têm-se mostrado na disposição de alargar a todos os serviços a sua operação.

PLENÁRIA NACIONAL DA FNTC - Privatização - Parte III

PLENÁRIA NACIONAL DA FNTC - Privatização - Parte II

PLENÁRIA NACIONAL DA FNTC - Privatização

Pagamento merreca da PLR-2011!


Pagamento merreca da PLR-2011!

A ECT vai pagar uma merreca de PLR! Por isso, que nós da FNTC e da CSP-CONLUTAS, não assinamos esse Acordo de PLR, assinado às cegas pela ARTsind/CUT e pela CTB. Veja o Acordo: http://issuu.com/fntc/docs/acordoplr

Segundo a direção da ECT o lucro líquido dos Correios de 2011 foi de R$ 883 milhões, e foram repassados para o governo R$ 358 milhões. Foram destinados para pagamento da PLR-2011, apenas R$ 88,605 milhões.

O lucro dos Correios em 2011 foi maior que o de 2010, mas a direção da ECT já falou que a PLR deste ano será menor que aquela paga no ano passado. Segundo a Comissão de Negociação da ECT os valores serão aproximadamente de R$ 770,00 para a grande maioria dos trabalhadores. Descontando os R$ 500,00 que foram adiantados em dezembro/2011, vamos receber na 2ª parcela da PLR-2011, um valor aproximado de apenas R$ 270,00. O pagamento está previsto para até o dia 1º de Maio de 2012.

Os valores ainda poderão ser menores, se a direção da empresa aplicar os critérios aceitos com a assinatura da maioria da Comissão de Negociação da FENTECT, que condicionam o pagamento da parcela corporativa de 30% do montante da PLR. 

Segundo, ainda, as declarações da direção da empresa os critérios não foram alcançados. O que é um absurdo, pois foi quando mais a categoria produziu com árduo trabalho. Com isso, os valores deverão ser pagos de forma proporcional aos resultados alcançados destes critérios INACEITÁVEIS.

Todos lembram que durante as negociações, nós da CSP-Conlutas Oposição Nacional à direção da FENTECT; bem como os sindicatos filiados a FNTC, não assinamos este Acordo de PLR. E defendemos uma PLR LINEAR, igual para todos e sem metas. Mas, infelizmente, os DEMAIS representantes da FENTECT, ligados a CUT e CTB preferiram assinar um cheque em branco para a direção da empresa e agora vamos receber esta merreca de PLR. Mais um gol contra da FENTECT!

quarta-feira, 25 de abril de 2012

SAP - Sistema de Acompanhamento da Produtividade - Manual do Usuário

SAP - Sistema de Acompanhamento da Produtividade - Manual do Usuário
http://issuu.com/cspconlutas_correios/docs/sap_manual_usuario/2

A produção industrial de serviços postais e o caráter conflitivo da gestão do trabalho nos correios


A produção industrial de serviços postais e o caráter conflitivo da gestão do trabalho nos correios

Tadeu Gomes Teixeira

Resumo


Neste artigo, resultado de um estudo realizado na Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT), objetivou-se compreender como a ECT utiliza-se de técnicas e princípios industriais para a organização de seu processo de trabalho e como esses métodos de gestão oriundos de um modelo industrial influenciam a configuração das relações de trabalho. Para chegar a esse objetivou, buscou-se responder as seguintes questões: Como as práticas de gestão do processo de trabalho de uma empresa de serviço foram organizadas a partir de uma lógica industrial e quais as características da mesma? 

Como as relações sociais entre os funcionários de uma unidade operacional têm suas relações influenciadas por essas práticas de gestão? Como essas relações sociais articulam-se à gestão das relações de trabalho? 

A pesquisa foi realizada em um Centro de Distribuição Domiciliária e incluiu entrevistas com carteiros e com gestores, análise documental e observação direta das atividades de trabalho. Verifica-se um hibridismo das práticas de gestão, o controle sobre os trabalhadores e um autoritarismo nas relações de trabalho, além de constante pressão, intensificação do trabalho, fragmentação e individualização das atividades e uma noção de “tempo escasso” muito acentuada. Aspectos da gestão que propiciam um caráter conflitivo às relações sociais entre trabalhadores.

Palavras-chave


Gestão da produção; Indústria de serviços; Correios; Relações de trabalho; Conflito;
Texto completo: PDF

http://seer.fclar.unesp.br/estudos/article/view/4519


Quarta-feira, 25/4/2012 - Extra
 

 
Segunda parcela da PLR/2011
 
A ECT irá creditar, até o dia 1º de maio, o valor relativo à segunda parcela da PLR/2011, em cumprimento ao acordo firmado com a Representação dos Trabalhadores.
 
O valor a ser creditado para os empregados que atenderem aos critérios estabelecidos no referido acordo poderá ser consultado no RH 24 horas até sexta-feira, dia 27 de abril.
 
 
ECT/DERIN
 

A relação entre sindicatos e partidos e a democracia operária

A relação entre sindicatos e partidos e a democracia operária 



MARCOS MARGARIDO,
Petroleiro, militante da CSP-Conlutas.
Texto publicado em 04/04/2011 em Opinião Socialista.





• Fatos recentes deixaram perplexos os ativistas sindicais brasileiros que lutam pela transformação social e a libertação de nosso país da exploração capitalista e do imperialismo.

Na visita do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, ao Brasil, a CUT-RJ divulgou uma nota na qual afirmava que não podia “ignorar a importância política e comercial da visita do presidente Obama ao Brasil (...) visando seu desenvolvimento e dias melhores para sua gente” [grifo nosso].

Alguns dias depois, a CUT divulgou uma nota de pesar pela morte do ex-vice-presidente do Brasil, José de Alencar, onde dizia que a aliança de Alencar com Lula somou “a força dos trabalhadores e o capital produtivo na luta pela transformação social e econômica do Brasil”, e a “defesa permanente das grandes causas nacionais”. 

O que leva uma central de trabalhadores a defender dessa maneira o principal representante do imperialismo mundial e o proprietário da maior empresa do ramo têxtil do Brasil?

Somente sua submissão e atrelamento ao governo Lula, anteriormente, e ao governo Dilma, agora, podem explicar tal atitude. Ao perder totalmente sua independência frente a um governo burguês de aliança de classes, termina por defender um membro da própria burguesia. Ao perder sua independência frente a um governo pró-imperialista, termina por defender o próprio imperialismo.

Isso nos leva a pensar, mais uma vez, em qual deve ser a posição dos sindicatos frente aos governos e partidos. Os sindicatos devem ser totalmente independentes dos partidos e governos? Existem diferenças na relação dos sindicatos com partidos burgueses, por um lado, e operários, por outro?

Publicamos, abaixo, um texto apresentado ao Congresso de 2007 do Sindicato dos Metalúrgicos de Campinas e Região, pelo Coletivo de Metalúrgicos da Conlutas, onde estas questões são discutidas.


A relação entre sindicatos e partidos e a democracia operária

A discussão sobre a relação sindicatos-partidos envolve muitos aspectos importantes que influenciam diretamente nossa vida sindical. Os militantes partidários devem participar dos sindicatos? Os sindicatos devem discutir política partidária? Os partidos devem fazer propostas nas reuniões dos sindicatos? Qual deve ser a relação dos sindicatos com os governos e partidos governistas?

Para responder a estas perguntas, é necessário levar em conta, primeiro, uma diferença importante, que distingue a relação dos sindicatos com os governos e patrões, por um lado, e com os partidos, por outro. É a diferença entre independência e autonomia.

Assim, defendemos a independência dos sindicatos em relação ao governo, aos patrões e ao Estado. Isto é, não pode haver qualquer relação política, financeira ou organizativa com as entidades patronais e seus governos. Os sindicatos não devem receber quaisquer recursos financeiros vindos do Estado ou de empresários e deve proibir seus dirigentes de ocupar cargos de confiança em qualquer instância governamental.

Já os sindicatos devem ser autônomos em relação aos partidos. Isto é, as decisões dos sindicatos devem ser soberanas, mas devem permitir que seus membros participem de partidos políticos e vice-versa. Mas os sindicatos não podem ser apolíticos, é sua obrigação se posicionar sobre os acontecimentos políticos na sociedade e receber, em suas instâncias, todos os trabalhadores filiados, ou não, a partidos políticos.

A diferença entre independência e autonomia decorre do fato de que o governo, os patrões e seu Estado são defensores do capitalismo. Isto também acontece com o atual governo Lula que, embora tenha um presidente operário, é um governo que defende a ordem capitalista, isto é, a exploração dos trabalhadores, e não podemos ter qualquer relação com ele. Por isso dizemos que a CUT, ao ter membros seus no governo, receber dinheiro do governo – através do FAT – e dos patrões para organizar o Primeiro de Maio, transformou-se em Central chapa branca e subordinada aos interesses do capital.

Por outro lado, os sindicatos e os partidos operários são organizações construídas pelos trabalhadores, mas não são a mesma coisa. A relação entre eles não é de independência, mas de autonomia mútua. Para que essa relação possa ser bem estabelecida, é necessário conhecermos as diferenças entre os dois tipos de organização, seu papel e suas limitações.

Os sindicatos são instrumentos da classe operária, criados para defender seus interesses. São organizações de massa dos trabalhadores. Deles participam todos que querem lutar contra seu patrão, sem diferenciações ideológicas, de raça, religiosas, de orientação sexual etc. e surgiram naturalmente, devido à necessidade de trabalhadores de uma mesma fábrica se unirem contra seu patrão para reivindicar melhorias salariais ou nas condições de trabalho. No início, a burguesia não admitia qualquer organização sindical, pois estas criavam dificuldades a seus negócios e à livre concorrência. Várias leis foram criadas para proibir os sindicatos, e várias lutas foram travadas até que os trabalhadores conseguissem o direito à existência de suas organizações. As mais famosas foram as lutas pela jornada de oito horas, que aconteceram em todo o mundo e deram origem ao “1° de Maio” e a luta das mulheres por igualdade salarial com os homens, que tem o “8 de Março” como data de luta.

No entanto, nem sempre os patrões atacam os sindicatos tentando destruí-los. É o que presenciamos atualmente. Nesta época imperialista, em que a centralização do capital e a exploração dos trabalhadores chegam ao máximo, destruir os sindicatos não é a melhor opção. É mais útil para a burguesia ter os dirigentes sindicais a seu lado, para poderem convencer a classe trabalhadora a deixar-se explorar com mais facilidade, ou para desmoralizá-la. Por exemplo, a Força Sindical foi criada por Collor com este objetivo, e a CUT foi se burocratizando aos poucos, com seus dirigentes recebendo cada vez mais privilégios (carros, salários maiores, viagens, liberações do trabalho), até transformarem-se num corpo estranho em relação à base dos trabalhadores.

Por isso, os sindicatos de hoje estão frente a uma encruzilhada: podem servir de ferramentas secundárias do capitalismo para a domesticação dos operários, ou podem converter-se em ferramentas de luta do proletariado. No primeiro caso, são sindicatos atrelados, submissos, pelegos e autoritários em relação aos trabalhadores. No segundo, são sindicatos independentes, de luta, que querem mudar a ordem social e que praticam a democracia operária.

Mas, independentemente de ser um sindicato pelego ou de luta, existe uma limitação insuperável à sua atuação: os sindicatos são organizações de luta contra a exploração patronal, mas, ao mesmo tempo, existem em função dessa mesma exploração. Isto é, são organizações que lutam para que os trabalhadores vendam sua força de trabalho por um preço mais alto, mas não para suprimir a própria venda. Não conseguem, por si só, destruir o sistema capitalista e construir o socialismo.

Nesse sentido, ganha muita importância a construção dos partidos operários, e, dentre eles, os partidos revolucionários. Fazemos essa distinção porque podem existir partidos operários que não lutam pela destruição do sistema capitalista. É o caso do Partido Trabalhista inglês.

O PT, que foi construído pela base com o objetivo de enfrentar os patrões (na primeira eleição do PT, sua palavra de ordem era “Nem patrões nem generais”), e cumpriu um papel muito importante na organização dos trabalhadores, não defende mais o fim do sistema capitalista, mas, no máximo, melhorias dentro do sistema capitalista. Infelizmente, o governo Lula nem isso tem feito, já que se aliou à burguesia e ao imperialismo para atacar as conquistas dos trabalhadores.

Já os partidos revolucionários, embora minoritários entre os trabalhadores, defendem a revolução socialista. Enquanto os sindicatos são organizações de massa, os partidos são organizações de vanguarda e são, em geral, compostos por aqueles trabalhadores que têm uma identidade ideológica, expressa no programa de cada partido.

Neste ponto, podemos voltar à questão da autonomia dos sindicatos em relação aos partidos. A concepção de luta sindical puramente econômica leva as amplas massas trabalhadoras a um beco sem saída, pois nunca ultrapassarão o sistema capitalista e viverão sob a exploração perpétua. Por isso, a luta política também deve ser travada nos sindicatos e neste caso os partidos, que são uma parte dos trabalhadores, têm um papel importante de politização dessa luta. Quando aprovamos em nosso sindicato a luta contra a Reforma da Previdência e contra as reformas que retiram direitos, esta é uma luta política da classe trabalhadora e não só por aumento de salário.

Neste sentido, a participação de militantes partidários nas assembleias e nas diretorias dos sindicatos é fundamental para que possam apresentar suas posições políticas e sejam apreciadas de forma autônoma pela categoria.

As posições dos partidos operários são sempre bem vindas, mas não podem aparelhar as decisões dos sindicatos. Um partido não pode, por ter maioria na diretoria de um sindicato, impor suas posições para a categoria. Na verdade, nenhum grupo organizado, mesmo que não seja partidário, pode fazer isso.

E para que não ocorra o aparelhamento do sindicato por partidos ou qualquer grupo organizado, os sindicatos devem adotar a mais ampla democracia operária, para que a base decida sobre todos os assuntos, desde o emprego do dinheiro do sindicato até as decisões políticas mais importantes.

Para efetivar a democracia operária, os sindicatos devem ser fanáticos em aumentar o número de sócios e ver a melhor forma de estabelecer relações com a base.

É com base nisso que a Conlutas estabelece em seus estatutos:

“Art. 5º – São princípios basilares da Conlutas:

Parágrafo Primeiro – A independência de classe. A atuação da Conlutas deverá basear-se no pressuposto de que a libertação dos trabalhadores será obra dos próprios trabalhadores. Para não fugir aos seus objetivos a Conlutas deve se pautar pela mais completa independência política, financeira e administrativa em relação à classe empresarial, à burguesia classicamente considerada, aos governos e ao Estado.

Parágrafo Quarto – A autonomia frente aos partidos políticos. A Conlutas, sendo uma organização de natureza sindical, popular e de classe, sem caráter partidário, é autônoma em relação aos partidos políticos e deverá sempre preservar sua autonomia em relação a eles, o que significa que todas as suas decisões – políticas, administrativas e financeiras – serão tomadas de forma soberana nas suas instâncias de deliberação.

Parágrafo quinto – A democracia e a unidade na ação. A Conlutas deve pautar todo o seu funcionamento em formas e processos que assegurem a democracia e um rico e saudável debate interno, respeitando a diversidade política existente em seu interior. Os processos de decisões de suas políticas devem basear-se em ampla participação das entidades e organizações a ela filiadas. Consequentemente, as decisões tomadas de forma coletiva e democrática devem assegurar a unidade na ação de todos os seus componentes, fortalecendo a capacidade de luta do conjunto”.


Podemos dizer, então, que os trabalhadores podem e devem construir suas organizações sindicais – os sindicatos e centrais sindicais – e suas organizações políticas – os partidos e correntes políticas – onde exista uma relação mútua baseada na autonomia das decisões dos sindicatos frente aos partidos (e vice-versa), com independência de classe frente ao governo e os patrões e sob a condição da mais ampla democracia operária, que garanta o direito de participação das várias opiniões partidárias e daqueles trabalhadores sem partido, mas que seja a base do sindicato que decida tudo em assembleia.

Essa prática deve ter um objetivo claro de colocar as entidades sindicais a serviço da mobilização dos trabalhadores e, quando em unidade com outras categorias e setores sociais, a serviço dos explorados do campo e da cidade na luta por uma sociedade sem exploração do homem pelo homem, a luta pelo socialismo.

terça-feira, 24 de abril de 2012

FNTC_Sul_001-Composição da Pauta e Mesa

FNTC_Sul_002-Situação do Paraná

FNTC_Sul_003-SAP e Correios S.A.

Greve de 2011 - Posição de Jacó da FNTC no Ato Público de Brasília


INFORMES IMPORTANTES AOS MILITANTES DA FNTC QUE VÃO AO I CONGRESSO NACIONAL DA CSP-CONLUTAS

INFORMES IMPORTANTES AOS MILITANTES DA FNTC QUE VÃO AO I CONGRESSO NACIONAL DA CSP-CONLUTAS
http://cspconlutas.org.br/2012/04/orientacoes-finais-para-o-1-congresso-da-csp-conlutas/


Companheiras  e Companheiros,

Estamos na reta final do 1° Congresso da CSP-Conlutas, assim enviamos as orientações finais sobre organização das delegações:

Distâncias:

As delegações que vierem de avião, de preferência, devem comprar passa­gens para desembarcar em Viracopos (Campinas), que fica mais perto para chegar ao local do Congresso. A volta é melhor que seja por Guarulhos ou Congonhas tendo em vista que o Ato do 1º de Maio será no centro de São Paulo.

Campinas – Estância Árvore da vida – 45Km
Aeroporto Viracopos – Estância Árvore da vida – 40Km
Sumaré – Estância Árvore da vida – 11Km

Sobre transporte e traslado:

O transporte das delegações é de responsabilidade das próprias delegações. 

- As Secretarias estaduais deverão organizar a vinda das suas delegações ao Congresso, devendo, desde já, organizar os planos para mais essa tarefa.

Para que as delegações possam se organizar temos um contato de frete de van  que sai de São Paulo – Davi             (11) 8428-1099      

Para delegações que podem lotar um ônibus temos o contato da empresa Rápido Campinas – contato – Elizabeth             (19) 3829 – 7100      

Para as delegações que chegaram em Viracopos é possível ver frete para até 15 pessoas a R$250,00 direto com a Estância no telefone – Andréia            (19) 3873-8800      

Para delegações pequenas que chegam em Sumaré temos o contato de um taxista chamado Didi             (19) 3883-4863      

IMPORTANTE - lembramos que não é possível entrar ou pernoitar na Estância antes do dia 27/04, dessa forma estamos indicando alguns hotéis em São Paulo com custo mais em conta para que as delegações que chegam antes possam se organizar:

Hotel Columbia –             (11) 3333-4414       – columbia@buenashoteis.com.br
Plaza Hotel –             (11)3222-1355      
Hotel Windsor –             (11) 3231-5633      

A chegada  na estância,  permitida durante o dia 27/04, garante apenas uma refeição (jantar) após o ato de abertura do congresso. O acesso ao restaurante se dará através do crachá e o credenciamento será aberto às 14 horas deste mesmo dia.

Como Chegar:

Informamos abaixo o endereço da Estância para orientação dos ônibus que vêm em caravanas
Local: Estância Árvore da Vida
Estrada da Granja do Portão pesado s/n
Referência:  Km 114  da entrada de Sumaré (Vindo pela rodovia Bandeirantes)

Segue  o mapa com orientações.

Foto divulgação (clique na imagem para ampliar)

Sobre Alojamentos

- Trazer roupa de cama e banho
- Trazer Agasalho

Os alojamentos do congresso são dentro das dependências da estância e possuem quartos coletivos. As(os) companheiras(os) devem trazer roupa de cama e roupa de banho. É um local aberto e faz frio a noite.

É possível fazer aluguel de kit de roupa de cama junto com a Estância, a reserva deve ser feita com antecedência ao valor é de R$25,00 por kit mediante cheque calção de R$150,00 que será devolvido na devolução dos Kit’s. Contato com Estância – Andréia (19)3873- 8800.

IMPORTANTE – deve ser dada atenção à limpeza conservando os alojamentos limpos. Haverá recolhimento diário dos objetos descartados e do lixo.

Indicação de hospedagem em Sumaré

As delegações que por razões diversas não quiserem ficar instaladas nos alojamentos, podem por iniciativa própria ficar em outros locais. Pedimos apenas que considerem a distância que a Estância fica da cidade de Sumaré. Para essas delegações fazemos as seguintes indicações:

Hotéis em Sumaré que devem ser informados que são indicações da Estância Árvore da Vida para o valor descrito abaixo:

Hotel Jaguary –             (19) 3873-3248       – 11km da estância
Quarto Simples  – R$150,00
Quarto Duplo – R$170,00
Hotel FILDI –             (19) 4009-5100       – 14km da Estância
Quarto simples e duplo: R$167,00 + R$15,00 café (opcional)

Sobre Finanças

IMPORTANTE – Hoje (24/04) é o prazo final para pagamento de casos pendentes referentes a delegações do congresso e pendências financeiras.

Todas as entidades que fizeram pagamentos de contribuições em atraso e as novas filiações devem enviar por e-mail para Rose – financeiro@cspconlutas.org.br com  comprovante de pagamento scaneado e a justificativa do depósito. 

Informações gerais

- Há farmácia, supermercado e café nas dependências da estância.
- Não é permitida a venda e consumo de bebidas alcoólicas nas dependências da estância.
- Não há caixa eletrônico nas dependências da estância, todo consumo deve ser feito com dinheiro. Ou seja, é preciso levar dinheiro.